Por Milena Antunes
De Mogi das Cruzes
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Wlamir, destaque da "Geração de Ouro" |
Eles se consagraram
numa época em que o Brasil era o país do futebol, muito mais do que nos dias atuais, com a explosão os fenômenos Pelé e Garrincha. Com a bola laranja, a chama “Geração de Ouro”
colocou a amarelinha na lista das melhores equipes de basquete do mundo. O
trabalho culminou em muitas conquistas, entre elas estão dois mundiais (1959 e
1963) e duas medalhas olímpicas (1960-Tóquio e 1964-Roma).
Ontem, alguns
atletas dessa geração visitaram o treino da seleção que se prepara para as Olimpíadas de Londres. Uma energia bem-vinda para aqueles que, depois de 16 anos, tentam
recuperar o orgulho do basquete do país. Há 53 anos, era a vez de alguns desses
visitantes ilustres, que davam os primeiros passos para na verdade criar o
orgulho pelo basquete nacional.
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Amaury foi cestinha do bi-mundial |
O primeiro grande
título da seleção brasileira entre os homens foi o Campeonato Mundial, no dia
31 de janeiro de 1953. Na época, a
União Soviética – grande potência do esporte –
foi punida por causa de problemas políticos, e após a vitória contra o
Chile (73 a 49) o Brasil foi declarado campeão. Entre os integrantes daquela
equipe estavam os craques Amaury Passo e Wlamir Marques, além de Jatyr Schall,
todos presentes na visita de ontem. Esse trio repetiu a dose na conquista do
bicampeonato, em 1963. A campanha foi impecável: a equipe bateu todas as
grandes seleções da época – Iugoslávia, União Soviética, e os Estados Unidos, e
venceu de forma invicta. Wlamir e Amaury foram para a seleção do campeonato, e
o último foi ainda o cestinha, com 108 pontos marcados em seis partidas.
"Entramos como favoritos
para vencer os americanos. E conseguimos conquistar o mundial sem derrota. Era
uma equipe que realmente sabia jogar no conjunto e muito unida", disse
Wlamir, em entrevista a CBB na comemoração dos 50 anos do título.
A “Geração de Ouro” nas
Olimpíadas
O Brasil já conquistou três
medalhas entre os homens nas Olimpíadas. A primeira foi um bronze nos Jogos de Londres, em 1948.
Depois de
oito anos sem subir ao pódio, a “Geração de Ouro” colocou o país de volta entre os premiados.
Em 1960 (Roma), a seleção disputou o quadrangular final com União Soviética,
Estados Unidos e Itália, e acabou na terceira colocação. A medalha de bronze
foi repetida na Olimpíada seguinte, em 1964 (Tóquio).
União
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Seleção em 1959: geração ainda é a mais vitoriosa da história |
Os relatos sobre a geração que marcou a história do basquete mostram que a seleção na época era unida e trabalhadora.
Como foi um grupo que jogou junto
por bastante tempo – foram quase 10 anos entre mundiais, Olimpíadas e campeonatos continentais - a “Geração de Ouro” conquistou, com
o tempo, um conjunto que batia de frente com qualquer outra seleção do mundo.
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