sábado, 7 de julho de 2012

Nas Olimpíadas, prevenção a doping é a lei da CBB

Por Renata Kelly
De São Paulo

Trigueiro jogando contra o São Jose no NBB 
Faltando poucos dias para os Jogos de Londres iniciarem, a Seleção Olímpica Brasileira continua a fase de amistosos no Paraná, e embora seja pouco comum na história nacional da modalidade,  os atletas se preparam para os exames que detectam o uso de substâncias ilícitas que melhoraram o desempenho físico, conhecido por doping.


O último caso registrado na seleção, durante torneio internacional, foi no ano de 2004 com o ala Wanderson Trigueiro. Na época, em quadras européias, ele foi acusado de usar ilicitamente a efedrina, encontrada durante exame de urina. Trigueiro garantiu que havia usado apenas um descongestionante nasal, pois estava gripado, e ficou revoltado quando a Confederação Internacional de Basquete (FIBA) o afastou do campeonato. 


O Doutor Carlos Vicente Andreolli é o médico da Seleção Brasileira, tanto do basquete masculino, quanto do feminino. Ele trabalha com prontuário eletrônico, conhecido por Hi Doctor, com aparelhos fisioterápicos e com o acompanhamento de uma equipe de nutricionistas e psicólogos. Os exames de rotina mais comuns são: cardiológico, bioquímico, ortopédico e fisioterápico.


“A equipe médica atua com medidas preventivas, no tratamento de atletas com lesões crônicas e nas lesões agudas, procurando diagnosticar e resolver da melhor maneira possível”, explicou o Dr. Andreolli. As lesões mais comuns são as agudas: as de joelho (cruzado anterior e menisco) e as entorses de tornozelo, já as crônicas são:as tendinites patelares, as lesões de cartilagem do joelho e as lombalgias. “As dores crônicas em ombro, cotovelo e quadril não são comuns no basquete”. 


Dr. Andreolli explicou que os exames de rotina servem para prevenir os atletas de problemas sérios e que, na maioria dos casos, os jogadores procuram ajuda após o lesionamento das partes. Assim, o uso de medicamento não recomendados medicalmente ocorrem e colocam a presença do ator no campeonato em risco. 

“O uso de qualquer substância que possa melhorar o desempenho de um atleta é bem-vinda”, explica o doutor que complementa que algumas trazem efeitos colaterais, ou irreversíveis, por isso devem ser coibidas de qualquer maneira. “Antes de termos um atleta de ponta, temos uma pessoa com família e sentimentos”. Foi o que aconteceu com o caso do ala Wanderson Trigueiro.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, no ano de 2004, Trigueiro alegou que a ausência de um especialista que acompanhasse a seleção foi fundamental para o ocorrido, pois ele teria orientado o atleta na área preventiva e de tratamento, “Se tivéssemos um médico lá, isso não teria acontecido. Nós não teríamos feito o exame. Ele teria dado um jeito. Teria entrado com um pedido, feito alguma coisa”. 

Wandersom Camargos Trigueiro: apesar do ocorrido no ano de 2004, Tigueiro é continua a atuar na modalidade. A sua última participação, ocorreu nos últimos jogos do Novo Basquete Brasil, vestindo a Camisa 12 da equipe de Franca, desclassificada nas quartas de final em partida contra o São José. Natural de Cotage, Minas Gerais, e com mais de dois metros de altura, o jogador somou 25 ponto, 13 rebotes e 5 assistência no campeonato. Foi figurinha importante para os francanos.

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