quarta-feira, 4 de julho de 2012

O exemplo da "Geração de Ouro"

Por Milena Antunes
De Mogi das Cruzes

Wlamir, destaque da "Geração de Ouro"
Eles se consagraram numa época em que o Brasil era o país do futebol, muito mais do que nos dias atuais, com a explosão os fenômenos Pelé e Garrincha. Com a bola laranja, a chama “Geração de Ouro” colocou a amarelinha na lista das melhores equipes de basquete do mundo. O trabalho culminou em muitas conquistas, entre elas estão dois mundiais (1959 e 1963) e duas medalhas olímpicas (1960-Tóquio e 1964-Roma).
Ontem, alguns atletas dessa geração visitaram o treino da seleção que se prepara para as Olimpíadas de Londres. Uma energia bem-vinda para aqueles que, depois de 16 anos, tentam recuperar o orgulho do basquete do país. Há 53 anos, era a vez de alguns desses visitantes ilustres, que davam os primeiros passos para na verdade criar o orgulho pelo basquete nacional.
Amaury foi cestinha do bi-mundial
O primeiro grande título da seleção brasileira entre os homens foi o Campeonato Mundial, no dia 31 de janeiro de 1953.  Na época, a União Soviética – grande potência do esporte –  foi punida por causa de problemas políticos, e após a vitória contra o Chile (73 a 49) o Brasil foi declarado campeão. Entre os integrantes daquela equipe estavam os craques Amaury Passo e Wlamir Marques, além de Jatyr Schall, todos presentes na visita de ontem. Esse trio repetiu a dose na conquista do bicampeonato, em 1963. A campanha foi impecável: a equipe bateu todas as grandes seleções da época – Iugoslávia, União Soviética, e os Estados Unidos, e venceu de forma invicta. Wlamir e Amaury foram para a seleção do campeonato, e o último foi ainda o cestinha, com 108 pontos marcados em seis partidas.
"Entramos como favoritos para vencer os americanos. E conseguimos conquistar o mundial sem derrota. Era uma equipe que realmente sabia jogar no conjunto e muito unida", disse Wlamir, em entrevista a CBB na comemoração dos 50 anos do título.
A “Geração de Ouro” nas Olimpíadas
O Brasil já conquistou três medalhas entre os homens nas Olimpíadas. A primeira foi um bronze  nos Jogos de Londres, em 1948. 

Depois de oito anos sem subir ao pódio, a “Geração de Ouro” colocou o país de volta entre os premiados. Em 1960 (Roma), a seleção disputou o quadrangular final com União Soviética, Estados Unidos e Itália, e acabou na terceira colocação. A medalha de bronze foi repetida na Olimpíada seguinte, em 1964 (Tóquio).
União

Seleção em 1959: geração ainda é a mais vitoriosa da história
Os relatos sobre a geração que marcou a história do basquete mostram que a seleção na época era unida e trabalhadora.

Como foi um grupo que jogou junto por bastante tempo – foram quase 10 anos entre mundiais, Olimpíadas e campeonatos continentais - a “Geração de Ouro” conquistou, com o tempo, um conjunto que batia de frente com qualquer outra seleção do mundo. 

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