sábado, 26 de maio de 2012

Outra prorrogação?!

Por Milena Antunes
De Mogi das Cruzes

Emoção não faltou ontem (25) durante a partida entre Uniceub/BRB/Brasília e Pinheiros/SKY, nas semifinais do Novo Basquete Brasil (NBB). Em outras oportunidades, vários jogos foram decididos no tempo extra, mas dessa vez, as equipes se superaram, e, além de testar o coração do torcedor, colocaram a partida na história da competição.   

Duas prorrogações para Flamengo e Uberlândia
nas quartas
A fase de classificação do NBB já demonstra a igualdade entre algumas equipes. Na última temporada, quatro times tinham o mesmo número de pontos. Nesta, empate entre três dos quatro primeiros. Mas nos playoffs a história sempre mudava. Mesmo com uma dificuldade inicial, sempre teve um time que se sobressaiu.

No NBB 4 a história é oposta. O primeiro jogo surpreendente, tal o equilíbrio, foi entre Unitri/Universo/Uberlândia e Flamengo. No primeiro encontro das quartas de final, em Minas Gerais, os times se revezavam na liderança, mas com uma margem de diferença muito pequena, e propícia ao empate. Não teve outra: foram necessárias duas prorrogações para que os cariocas fechassem o placar a frente (110 a 108).  

Nas semifinais, o mesmo Flamengo foi um dos protagonistas de outra partida de tirar o fôlego. Era o segundo jogo da série contra o São José/Unimed/Vinac. Jogando em casa, os joseenses tiveram dificuldades, e raramente tinham a liderança na partida. Apenas no último quarto, e no último minuto - literalmente - a equipe da casa conseguiu uma reação. Tirou diferença, e empatou a partida, que foi para a prorrogação. No tempo extra, o São José teve o apoio da torcida para virar o jogo (107 a 99), e empatar a série melhor de cinco em 1 a 1. 

Mas afinal, se foram todos jogos tão equilibrados e igualmente importantes, o que teve Brasília e Pinheiros de especial? 

Os momentos que levaram às prorrogações fizeram a diferença. A primeira veio com cronômetro zerado! Fato difícil de acontecer. No tempo regulamentar, Brasília perdia por pequena margem de diferença.  A campainha do tempo já soava, quando Nezinho sofreu falta. Sem tempo, o arremesso livre era a única chance. Na cobrança, o armador teve frieza para converter os pontos, e colocar os brasilienses novamente no jogo. 

Já na prorrogação, os lances livres foram novamente protagonistas. Ora Brasília colocava o pé na semifinal com os acertos, ora o Pinheiros sofria falta e voltava a encostar no placar. Aí o que foi herói no tempo anterior, virou o vilão. Com dois erros nos arremessos livres, os brasilienses desperdiçaram a chance de vencer. Mais cinco!

No último tempo extra, a partida seguia acirrada, mas dessa vez, o Pinheiros, mesmo com algumas baixas, conseguiu abrir pequena vantagem. Com o cronômetro estourado novamente, foi a vez de Olivinha converter para os paulistas, e dar sobrevida para a equipe no NBB. Final 109 a 105, e  sem mais prorrogações!  

“Foi uma partida impressionante, de muita superação. Vai ficar marcado na memória para sempre”, resumiu o ala Renato, do Pinheiros.

Quem acompanhava os comentários nas redes sociais, viu reações interessantes. Não apenas os fãs do esporte acompanhavam. Pessoas que descobriram a partida ao "zapear" os canais, também se impressionaram com o equilíbrio do jogo. Frases do tipo "outra prorrogação?! Não tenho mais unha para roer", "alguém sabe quantas pessoas morrem por jogo?" e "por que a gente gosta de futebol mesmo?" foram postadas repetidas vezes através do twitter e do facebook. Além de escrever mais um capítulo em sua história, o NBB ganhou na noite de ontem um novo grupo de espectadores.

Próxima rodada

Pinheiros e Brasília voltam a se enfrentar no domingo, às 14h00, em São Paulo. Quem vencer, garante vaga na decisão do NBB. 

Não viu? Confira os melhores momentos de Brasília 105 x 109 Pinheiros

Relembre também a virada de São José diante do Flamengo: 

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